sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Socialização: Um processo de aprendizagem

Tornamo-nos parte da cultura de uma determinada sociedade por meio de um processo chamado socialização.
Quando um ser-humano nasce é apenas um corpo biológico com instintos que permitam a sobrevivência, como chorar quando sente fome ou sede, frio ou calor, dor, sugar o leite materno e realizar as necessidades fisiológicas. Nesta altura o ser humano é totalmente dependente de outros mais experientes e com as suas capacidades devidamente desenvolvidas, para que estes instintos do recém-nascido sejam atendidos no momento. O ser-humano vai ser então, submetido a processo de aprendizagem e de integração social, de forma a interagir com um mundo que já existia antes de si e os instintos e as necessidades que eram primeiramente tão necessários vão sendo moldados em função das exigências da cultura da sociedade em que vive.
Vão-lhe sendo apresentados um conjunto de comportamentos que deve ser tomado, de modo a ajustar-se aos padrões da cultura predominante.
O principal foco do processo de socialização está na interiorização da cultura da sociedade. Por outras palavras: é através da socialização que o mundo social (como os seus significados, hábitos, regras, normas e valores) entra na mente do individuo.
Como exemplo actual temos as praxes académicas que se dizem como sendo um processo de recepção e integração dos novos alunos (“caloiros”) nas instituições de ensino superior em que ingressão.

Porém, este dito processo de recepção e integração tem sido alvo de enumeras críticas, contestações e enormes polémicas devido aos vários acidentes que originaram vários danos físicos e psicológicos e em alguns casos conduziu à morte daqueles que se sujeitam e se submetem às praxes.
Bruno Vaz

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O Novo Mundo





“O Novo Mundo” é o nome do filme de Terrence Malick, no qual é fácil de perceber as diferenças entre as culturas, modos de vida e como era a vida no princípio do século XVII. 
Nesse século a América do Norte permanecia, em grande parte, a mesma dos cinco mil anos anteriores, isto é, uma área de mata primitiva, que parecia interminável, povoada por uma intrincada rede de culturas tribais. Apesar dessas nações viverem em total harmonia com o meio ambiente, as suas relações umas com as outras eram menos pacíficas. Tudo que seria preciso para desfazer o equilíbrio entre si, era uma invasão externa.

Em 1607, três diminutas naus carregando 103 homens embarcam para esse mundo a partir de sua terra inimaginavelmente distante. A Companhia da Virgínia, que obteve a concessão real, buscam estabelecer raízes culturais, religiosas e económicas na costa do que consideram o Novo Mundo. O navio principal chama-se Susan Constant. Acorrentado abaixo do convés está um homem de 27 anos chamado Smith, condenado à forca por insubordinação. Um veterano de inúmeras guerras europeias, Smith é um soldado em busca de fortuna, embora a fortuna muitas vezes lhe tenha virado as costas.Apesar disso, ele é talentoso e popular demais para ser pendurado pelo pescoço pelo seu próprio povo, e por isso ele é libertado pelo capitão Christopher logo após a ancoragem do navio. O capitão Newport e os colonos logo se apercebem que sobreviver nessa mata desconhecida irá exigir os serviços de todos os homens de bom porte físico, que é, particularmente, uma das qualidades de Smith.

Embora não tenham percebido isso na época, Newport e seu grupo de colonos britânicos desembarcaram no meio de um império indígena, governado pelo poderoso chefe Powhatan Para os colonos, esse pode ser um novo mundo. Mas para Powhatan e seu povo, trata-se de um mundo antigo , e o único que eles já conheceram.

Os ingleses, estrangeiros numa terra estranha, lutam desde o princípio, incapazes de se virar sozinhos, ou, em alguns casos, teimosamente indispostos a fazê-lo. Smith, quando vai pedir o auxílio dos homens locais da tribo, encontra uma jovem que a princípio parece mais um ‘animal’ do que um ser humano. Uma jovem voluntariosa e impulsiva chamada pela família e pelos amigos carinhosamente de "Pocahontas"  ou  "divertida",  é de entre todos,  a filha preferida de Powhatan.


Em pouco tempo, uma ligação se forma entre Smith e Pocahontas, é algo tão forte que transcende a amizade. Devido às guerras entre os dois povos, este amor terá obstáculos a ultrapassar que terão de enfrentar todas as barreiras impostas entre culturas e formas de vida. 


     Rute Dias

Cultura



A Cultura é pluridimensional, segundo Edward B. Tylor, a cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade” (civilização).
Mas, pode ter outros significados como por exemplo: desenvolvimento de espírito; património social; modo de vida de um povo; desenvolvimento material e técnico.

A cultura representa, pois, as várias formas que o ser humano encontrou de se relacionar com a natureza, inclusive com a sua própria natureza, e de a compreender, organizar e manipular em seu proveito e para a sua própria organização.

Assim, os instrumentos de trabalho, o vestuário, as formas de comunicação, as relações sociais são exemplos de fenómenos culturais.
Concluindo, a cultura é aprendida e não herdada geneticamente ao contrários dos outros animais, o Homem tem de aprender tudo sobre a vida em sociedade, tem a função social de organizar a interação dos indivíduos, de lhes atribuir significados e de facilitar a vida em conjunto e por fim, a cultura determina os valores e as crenças dos indivíduos, os seus comportamentos e os seus sentimentos.

Rita Duarte