domingo, 15 de dezembro de 2013

O impacto de um Grande Homem




“Eu sonhei com uma África que está em paz consigo mesma.”

Nascido em 1918 numa pacata cidade da África do Sul, cedo se mostrou envolvido ativamente no movimento anti-apartheid. Posteriormente, Mandela associou-se ao Congresso Nacional Africano e, durante 20 anos, ele dirigiu uma campanha a favor da paz entre raças, sendo esta contra o governo Sul-Africano e as suas políticas racistas. Consequentemente, Mandela acabou por ser preso pela sua conduta considerada inapropriada aos olhos dos dirigentes do país. Acabou por passar 18 dos seus 27 anos na prisão encarcerado e, durante esse tempo, contraiu tuberculose e, sendo um preso político de raça negra, recebeu o pior nível de tratamento dos funcionários da prisão. A libertação de Nelson dá-se anos, quando um novo presidente da África do Sul assume poder, após a tremenda pressão internacional e local que se fez sentir. Posteriormente, acaba por ganhar o Prémio Nobel da Paz devido ao seu esforço para desmantelar o sistema apartheid que reinava no seu país. Em 1994, torna-se no primeiro ministro de raça negra do seu país. Infelizmente, este ativista acaba por falecer em sua casa no dia 5 de Dezembro de 2013.

 Mas qual terá sido o impacto do seu legado no mundo em que vivemos?

Este estupendo homem nunca parou de trabalhar/pensar nos assuntos que o mantinham vivo, que o apaixonavam. Inspirou pessoa atrás de pessoa pelo mundo fora ao confrontar a desigualdade, pobreza, reconciliação racial bem como a síndrome da imunodeficiência adquirida. Mandela tornou-se um símbolo de coragem na cara da opressão, mesmo durante a sua prisão. Após a sua libertação, Nelson trabalhou exaustivamente não só para reformar o serviço nacional social e o sistema público das finanças bem como obter a reconciliação entre todos os habitantes da África do Sul.
Nelson Mandela, carinhosamente chamado de Madiba, foi descrito como uma das pessoas mais influentes, corajosas e bom humano que, todos nós, desejaríamos partilhar qualquer momento da nossa vida. Ele foi o homem que fez história com as próprias mãos e mudou a moral do planeta de acordo com a justiça. Assim sendo, de forma a honrar o que este grande homem foi em Terra, cabe-nos a todos nós seguir o seu exemplo e tomar decisões com base naquilo que amamos não naquilo que odiamos. Indubitavelmente, o “presidente” Nelson Mandela ajudou a salvar a alma da África do Sul. Mais do que qualquer pessoa, ele foi a peça fulcral para a paz e acreditou na reconciliação entre sul-africanos de raça negra e a minoria que era de raça caucasiana que lá vivia.
Concluindo, a nossa missão é continuar a difundir a mensagem que o grande homem começou a defender e promover a igualdade de direitos e, nomeadamente, a reconciliação racial que o planeta Terra ainda possa ser alvo.

Rute Dias

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

As dificuldades da produção do conhecimento cientifico na sociologia


O senso comum pode dificultar o trabalho do cientista social na sua pesquisa na medida em que este se baseia no aparente e explicações simplistas, logo o cientista social ou sociólogo deve ultrapassar estas noções redutoras e procurar ver para além do óbvio e das suas opiniões pessoais, isto é o sociólogo não pode deixar o senso comum interferir no seu estudo.Não pode começar com ideias pré-concebidas mas sim do zero.

Entraves á produção do conhecimento cientifico

Familiaridade com o social isto é quanto mais próximo está o sociólogo da realidade que pretende analisar maior é o risco de este ter uma influência direta ou indirecta na sua pesquisa.
Um outro entrave a produção do conhecimento cientifico são as explicações te tipo naturalista que significa que tentamos explicar certos fenómenos recorrendo a explicações naturais ou seja explicar o que deve ser explicado socialmente por explicações lógicas.
Por vezes utilizamos explicações de tipo individualista para explicar fenómenos sociais isto acontece pois é mais fácil e simples recorrer a estas justificações por exemplo: as pessoas mudam de sexo porque têm problemas mentais.
O etnocentrismo é um entrave a produção do conhecimento cientifico na medida em que um determinado individuo ou grupo de pessoas, que têm os mesmos hábitos e caráter social, discrimina outro, julgando-se melhor,ou pior, seja por causa de sua condição social, pelos diferentes hábitos ou manias, ou até mesmo por uma diferente forma de se vestir.

Ivo Almeida

Os nossos direitos!



Cada um de nós, está enquadrado numa sociedade que tem direitos.
No dia 10 de Dezembro, todos os anos comemora-se o dia dos direitos humanos.
Mas será que este dia faz diferença em cada um de nós?  Quantos dos direitos, (direitos estes que estão escritos e assinados por grande parte dos países em forma de 'acordo') são cumpridos?

Direito ao trabalho é um dos direitos da declaração dos direitos humanos. É algo caricato já que "a taxa de desemprego em Portugal neste momento é de 17.8%."

Direito à saúde: algo também irónico já que no caso concreto do nosso país, "cerca de 1,5 milhões de portugueses inscritos nos centros de saúde em 2010 não têm médico de família."

Direito à moradia: "O número de pessoas sem-abrigo que pedem ajuda ao centro Porta Amiga da AMI em Almada é "significativo" e "tende a agravar-se" no actual contexto de crise do país."

Direito de igualdade:" A maioria dos portugueses relaciona crimes ou comportamentos que são moralmente reprováveis com os imigrantes. "

Direito à vida: "Em 2012, 682 pessoas foram executadas em 21 países."

Direito à paz: "A guerra da Síria tem mais de 125 mil mortos, caos humanitário e crise de refugiados."

Estes são só alguns dos exemplos de que esta declaração, deve ser cumprida e não passar apenas por ser um papel de quem todos falam, mas que ninguém cumpre. Porém com o passar dos tempos exitiram sempre pessoas que lutaram por aquilo que deveria ser nosso por direito, por exemplo:

Nelson Mandela foi um grande homem que mudou a realidade de milhões de pessoas que viviam oprimidas. Libertou tanto os negros do jugo do apartheid, quanto os brancos do preconceito.

Martim Luther King liderou uma resistência pacífica nos Estados Unidos a partir da década de 50, onde procurava os mesmos direitos aos negros que aqueles dados aos brancos.

Chico Mendes foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro. Ele lutou pelos seringueiros da Bacia Amazônica, cujos meios de subsistência dependiam da preservação da floresta e suas seringueiras nativas.( Direito Ambiental)

Temos que agir, temos que lutar, isto não pode ser algo que nos passa ao lado, tal como todas estas pessoas e muitas outras conseguiram, e asseguraram à humanidade de alguns dos seus direitos, temos que assegurar a cada um de nós a luta e a defesa pelos mesmos.

Se cada um mudar um pouco de si, muito do mundo irá mudar também, porque a luta começa em nós!








                                                                                                                                          Rute Dias

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Métodos de investigação sociológica



Na sociologia existem dois tipos de métodos de investigação. Esses métodos denominam-se por método intensivo e método extensivo.

O método intensivo associa-se a análise qualitativa. Este método estuda e observa um determinado fenómeno com profundidade, geralmente uma unidade social bem definida(uma turma, uma escola,uma equipa, uma aldeia...). Este método procura saber o maior numero de informações sobre o fenómeno em análise. Valoriza o quotidiano dos agentes sociais e da forma de expressão no próprio momento em que se produzem 

O método extensivo associa-se a análise quantitativa. Este método ao contrario do método intensivo analisa extensos conjuntos populacionais e analisa-os através da comparação de resultados e de analise de estatísticas. Este detém regularidades ou padrões nas práticas sociais estudadas.Procura obter conhecimentos através de técnicas como as entrevistas e os inquéritos por questionários com o objectivo de prever os comportamentos da sociedade em determinadas situações.


Vantagens

Método intensivo: Valorização do quotidiano dos agentes sociais e das suas formas de expressão no momento em que se produzem, profundidade da observação, atenção à especificidade de cada caso


Método extensivo: Observação de populações numerosas; Comparabilidade dos resultados e da representatividade estatística, Detecção das regularidades ou padrões nas práticas sociais estudadas


Desvantagens


Método intensivo: Dificuldades na generalização e quantificação da informação recolhida; tendência para a empatia e identificação com os observados » perda da objectividade; hipervalorização da “margem de liberdade” dos agentes sociais sem constrangimentos.


Método extensivo: Informação recolhida bastante superficial, distanciamento da realidade vivida dos fenómenos sociais, hipervalorização das classes sociais

Jorge Carmo

Métodos de investigação sociológica


Na sociologia existe dois métodos da investigação sociológica, o método intensivo e o método extensivo.

Método intensivo - É uma investigação em profundidade para conjuntos populacionais mais restritos que procura saber o maior número de informações sobre o fenómeno. Analisa e observa situações reais e informações obtidas junto dos indivíduos que fazem parte da investigação e exige uma grande proximidade do investigador ao fenómeno.

Método extensivo - É uma investigação para grandes conjuntos populacionais, procura encontrar regularidades nos comportamentos e, assim, generalizar situações semelhantes. Pretende obter o máximo de conhecimento de opiniões comuns para podermos prever comportamentos em situações comparáveis e exige uma observação por meio de perguntas diretas (Entrevista) ou indiretas (Questionário).

Estes dois métodos têm vantagens e desvantagens.
Vantagens do método intensivo: Profundidade da observação; valorização do quotidiano dos agentes e das suas formas de expressão no próprio momento em que se produzem; atenta à especificidade de cada caso.
Vantagens do método extensivo: Observação de populações numerosas; comparabilidade dos resultados e representatividade estatística; deteção de regularidades ou padrões nas práticas sociais estudadas.


Desvantagens do método intensivo: Dificuldade na generalização da informação recolhida no estudo de casos; maior tendência para a empatia e identificação com os observados, com perda de objetividade; propicia uma hipervalorização da “imagem de liberdade” dos agentes sociais, esquecendo as classes sociais, o género, a idade, a fase da vida ou a etnia.
Desvantagens do método extensivo: Superficialidade da informação recolhida; frieza e dificuldade em captar o lado vivido dos fenómenos sociais; propicia uma hipervalorização das classes sociais, do género, da idade, da fase da vida ou etnia, esquecendo a “imagem de liberdade” dos agentes sociais.

                                                                                                       Daniela Pacheco




sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Nelson Mandela (1918-2013)


“Aqui jaz um homem que fez o seu dever na Terra”




Hoje o mundo ficou mais pobre e não foi a nível financeiro. Foi uma perda irrecuperável, daquele a quem 
chamavam 'Madiba, o pai de um povo.'

Nelson Rolihlahla Mandela nasceu a 18 de julho de 1918 em Mvezo no Transkei. Passou parte da infância na vila de Qunu (a mesma onde construiu uma casa, depois de liberto). Viveu, a partir dos nove anos, na vila real de Mqhekezweni e depois em Engcobo e Fort Beaufort, onde concluiu os estudos secundários; mudou-se, finalmente, para Alice (Porto Elizabeth), onde ingressa na faculdade.Após a faculdade muda-se para Gauteng, onde mora nos subúrbios de Joanesburgo: Soweto e Alexandra. Em Kliptown assina a Carta da Liberdade; em Pretória fica preso e tem casa em Rivonia.

Em 1949 o governo aprova o regime legal segregacionista, que dá o nome de apartheid, e em 1951 Mandela é eleito presidente da ANCYL e no ano seguinte presidente do CNA na província de Transvaal.
No ano de 1950, novas leis segregacionistas são impostas pelo governo, numa ação que levou à tomada de terras de negros, mestiços e indianos; num claro exemplo desta ação, mais de cinquenta mil negros moravam em Sophiatown, em Joanesburgo, e foram todos desalojados em 1953. Em 1951 Sisulu propõe sejam aceitos não-negros no CNA, e Mandela inicialmente se posiciona contrário à ideia.
A 26 de junho de 1952 tem início a Campanha de Desafio, com o Dia do Protesto e Mandela torna-se seu porta-voz e chefe nacional; por todo o país os negros são convidados a usarem os espaços reservados aos brancos – em sanitários e escritórios públicos, correios, etc. - resultando na prisão de Mandela por dois dias, junto a outros companheiros de luta.

O Umkhonto we Sziwe – "Lança de uma Nação" - também conhecido pela sigla "MK", foi criado em 1961 como braço armado do CNA, tendo Mandela como primeiro comandante em chefe. Era a resposta do movimento ao Massacre de Sharpeville, no entendimento de que o apartheid não mais poderia ser combatido com a não-violência. Mais tarde, Mandela declara:


“Nós adotamos a atitude de não violência só até o ponto em que as condições o permitiram. Quando as condições foram contrárias, abandonamos imediatamente a não violência e usamos os métodos ditados pelas condições”

Após 27 anos passados na prisão, 18 dos quais passados na Robben Island, enfrentou um regime racista branco, tendo-se preparado em várias outras ocasiões para morrer (quando estava a ser julgado e se preparava para ouvir a sentença pensava que ela seria a pena de morte).
Sem desejo de vingança, sem rancor acumulado, conseguiu uma transição para a democracia sem lugar para vinganças, tendo lançado as bases daquilo a que arcebispo anglicano Desmond Tutu chamou uma Nação Arco-Íris. E sempre através do exemplo, dando aos outros o exemplo, ensinando a perdoar.

Em 1993, Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prémio Nobel da Paz.

Venceu as primeiras eleições livres na África do Sul, em 1994, tendo-se tornado o primeiro presidente negro daquela que é hoje a maior economia africana. Cumpriu apenas um mandato, deixando o poder de livre vontade, na esperança de dar o exemplo a outros líderes africanos e mundiais. Teve pouca sorte, pois poucos lhe seguiram os passos, sendo Joaquim Chissano e Pedro Pires, ex-presidentes de Moçambique e de Cabo Verde, dos poucos líderes africanos que não se agarraram de forma egoísta ao poder.

Em 2004, quando completou os seus 85 anos, anuncia a sua retirada da vida pública dizendo: 


"Estou confiante de que ninguém aqui me irá acusar de egoísmo se eu pedir um tempo para passar com a minha família e meus amigos - e também comigo mesmo. Meu lema agora é: Não me chame, eu te chamarei"

Ao longo da sua vida casou três vezes e teve seis filhos, dos quais apenas três estão hoje em dia ainda vivos.

Foi várias vezes internado, primeiramente devido a lhe ter sido diagnosticado um cancro na próstata, e nas vezes seguintes sobre causa de infeções pulmonares e respiratórias. O seu último internamento deu-se no dia 8 de junho de 2013, quando se encontrava em estado grave devido, novamente, a uma infeção pulmonar.

O pior aconteceu hoje. Dia 5 de Dezembro de 2013, o líder sul-africano Nelson Mandela com 95 anos morre na sua residência, em Johannesburgo, para onde havia sido levado no dia 1 de setembro após passar quase três meses internado.

A notícia foi anunciada pelo presidente sul-africano Jacob Zuma: "A nossa nação perdeu o seu maior filho. O nosso povo perdeu o seu pai"


 Faleceu Nelson Mandela.





"A morte é inevitável. Quando um homem fez o que considera seu dever para com seu povo e seu país, pode descansar em paz. Acredito ter feito esse esforço, e é por isso, então, que dormirei pela eternidade."




Rute Dias

terça-feira, 3 de dezembro de 2013


O que distingue o conhecimento científico do conhecimento vulgar (senso comum)?



A necessidade do ser humano entender o mundo a sua volta criou dois conhecimentos: o senso comum (ou conhecimento vulgar) e o conhecimento científico.
O senso comum baseia-se no aparente, no subjetivo e em explicações simplistas, enquanto o conhecimento científico vê para além do óbvio, das suas opiniões pessoais e das ideias preconcebidas que circulam na sociedade sobre fenómenos sociais.
Enquanto o senso comum é espontâneo, surge do aparente; dogmático, acreditamos nele como uma verdade inquestionável, o conhecimento científico é sistemático, tem uma visão consciente dos cientistas e é comprovável, pode ser testado e confirmado a qualquer momento.
O amor que parece um assunto tão subjetivo e pessoal, para a sociologia por exemplo, pode também sofrer uma análise. Desta maneira, ela diz-nos que não nos apaixonamos aleatoriamente, mas tendencialmente por pessoas que nos são próximas em termos sociais e culturais.

Desta maneira, podemos verificar que existem muitas diferenças entre o senso comum e o conhecimento científico, que enquanto um é subjetivo, é pessoal e baseia-se em opiniões, o outro (conhecimento científico) procura ser universal e válido para todos. 

                                                                                                                          Filipa Fernandes

sábado, 30 de novembro de 2013

O Suicídio

"Os idosos portugueses (...) estão entre os que mais se suicidam", segundo o Eurostat. Este fenómeno é cada vez mais comum na sociedade atual, quer seja em Portugal ou outro país ou ainda idosos, adultos e adolescentes. Mas porquê? Porque é que alguém escolheria acabar com a própria vida? Em 1897, o filósofo francês Émile Durkheim publicou "O Suicídio" onde demonstra que nem fatores psicopáticos, pobreza, hereditariedade ou outros fatores pessoais não são motivos suficientes para a explicação do suicídio. Durkheim conclui que o suicídio é o resultado da falta de integração social. Para além do já referido, Durkheim identifica vários tipos de suicídio. 
São eles:

1 - Suicídio egoísta:

  - Acontece quando um indivíduo se sente excluído da sociedade.

2 - Suicídio altruísta:

  - Ocorre quando um indivíduo e outro são muito próximos. Mata-se quando vê outra pessoa a morrer.

3 - Suicídio anómico:

   - Acontece quando algo grande surge de repente na sua vida, como entrar em falência ou mesmo ganhar a lotaria.

4 - Suicídio fatalista:

   - Quando a sociedade quase não muda. Como por exemplo, a sociedade dos escravos.
                                                                                                                                                                                                                                                                                                               Rui Lopes.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Diferença entre Problema Social e Problema Sociológico


Muitas vezes empregam-se as expressões “problema social” e “problema sociológico” como se tivessem o mesmo significado. Trata-se duma confusão que há grande interesse em evitar porque, em rigor, o significado de cada expressão é completamente diferente um do outro.
 
Por um lado o problema sociológico é um problema de conhecimento científico que aparece e se resolve no âmbito da sociologia, ou seja, os problemas sociológicos são os objetos de estudo da Sociologia enquanto ciência, a qual se debruça sobre esses para compreender suas características gerais. Estes problemas são questões de explicação teórica do que acontece na vida social, isto é, na sociedade, como por exemplo: o casamento, a família, violência doméstica, a moda, a religião, as relações de trabalho, a cultura, desigualdade social, etc.
 
Por outro lado um problema social tem origem em fatores sociais e tem consequências sociais, como por exemplo: a violência doméstica. No entanto, a classificação de um problema social é subjetiva, pois, o que é um problema para uma cultura pode não ser para outra.
 
Desta forma, podemos dizer que todos os problemas sociais são problemas sociológicos, mas nem todos os problemas sociológicos são problemas sociais.
 
                                        
                                                                                                                                              Miguel Maia

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Os factos sociais, a estrutura e a acção social



 21 de Novembro de  2013, ocorreu a manifestação dos polícias que em grande número saíram à rua para demonstrar o seu descontentamento relativamente aos cortes salariais previstos no Orçamento de Estado para 2014.
 Se a manifestação por si só é um facto social, a manifestação de todos os polícias denomina-se, na área da sociologia, de fenómeno social. Esta manifestação que é inclusive uma particularidade enquadra-se nos padrões do comportamento social.


 Pode dizer-se que este fenómeno social teve como principal objectivo esbater as diferenças da estrutura social e terminar com as enormes diferenças entre as classes sociais. Esta foi uma tentativa de findar com o velho ditado " os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres", que se aplica inequivocamente aos nossos dias.
 Os factos sociais (como as  manifestações), para Émile Durkheim (um dos grandes fundadores da sociologia), forneciam matéria prima da Sociologia. Para este, os factos sociais são " maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, e dotadas de um poder coercivo em virtude do qual se lhe impõem", ou seja, os factos sociais na sua perspectiva são as diferentes formas de agir e reagir àquilo que nos é imposto.


 Durkheim chegou à conclusão de que existem forças sociais ao individuo que influenciam as atitude e os comportamentos de cada um, isto significa que, os grupos sociais em que estamos inseridos, como o trabalho (neste caso: a polícia), a família e os amigos são as principais forças sociais externas que influenciam o comportamento e as atitudes.
 Contrariamente a Émile Durkheim, Max Weber (outro dos pioneiros da Sociologia) alargou a perspectiva sociológica ao inserir o conceito de acção social. Para Weber as razões que levam o indivíduo a levar uma acção a cabo, como fazer parte da manifestação ou ser um dos impulsionadores, prende-se não com os grupos sociais que integramos e com as influências de que somos alvo, mas sim com a dimensão individual da realidade social, ou seja, os fenómenos têm carácter único e singular. 

 Por fim, pode concluir-se que a noção de ver os factos sociais como externos ao indivíduo foi a contribuição de Durkheim e Weber a compreensão mais profunda da sociedade. Estamos perante uma abordagem "interna" de Weber e uma abordagem "externa" de Durkheim.
  Bruno Vaz 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Conhecimento do senso comum e o conhecimento científico




O conhecimento do senso comum e o conhecimento científico são dois tipos de conhecimentos.
O conhecimento do senso comum é uma forma de pensar, agir e sentir da maioria das pessoas de uma sociedade e que se acumula no decorrer dos tempos. É um conhecimento subjetivo pois baseia-se em opiniões; é espontâneo porque surge de informação obtida através dos nossos sentidos; é ingénuo pois é assimilado sem sentido critico; é dogmático sendo que acreditamos nele como se tratasse de verdades inquestionáveis.
Um exemplo do conhecimento do senso comum é quando a chave emperra na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a porta, acabamos por descobrir (conhecer) um jeito de girar a chave sem emperrar. 

Já o conhecimento científico tenta explicar por meios de estudos, por meio da experimentação e da observação, uma resposta científica para determinada questão. É objetivo procurando ser universal, válido para todos; é sistemático porque é construído de forma sistemática e consciente pelos cientistas; é metódico pois, recorre a métodos e técnicas de investigação que asseguram a sua validade; é crítico porque procura questionar a realidade e também questionar-se a si próprio, um exemplo disso é quando se descobre uma vacina que evite uma doença.
Para além destas diferenças todas que existe entre estes dois tipos de conhecimento, também há semelhanças entre eles como o facto de ambas surgirem a partir da necessidade do ser humano de entender o mundo á sua volta.

                                                                                                                             Ana Rita Duarte

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A formação da sociologia


As transformações ocorridas na sociedade europeia no séc.XVIII formaram uma nova ordem social designada de mundo contemporâneo. A agitação desta época foi vivida com grande intensidade pelos pensadores que trocavam entre si ideias sobre a situação da sociedade da época. Auguste Comte, Karl Marx e Herbert Spencer foram os principais impulsionadores da sociologia deste século e produziram algumas obras de grande importância para a fundação desta disciplina.
No séc. XX dá-se a consolidação da Sociologia e destaca-se Émile Durkheim e Max Weber como fundadores dos seus alicerces. Estes, apresentavam perspetivas sociologicas diferentes pois, enquanto o Durkheim acreditava que os factos sociais eram a "matéria prima" da sociologia e que eram  variáveis, Weber focava-se na ação social e nos detalhes dos fenómenos que ajudassem a compreender a ação individual e não apenas o fenómenos de forma global. Ambos produziram importantes obras para a disciplina que ainda hoje são relevantes: estudo sobre o suicídio de Durkheim e a ética protestante e o espirito do capitalismo de Weber.

Cláudia Leite

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O fenómeno social total


O conceito de "fenómeno social total" implica que aquilo que o caracteriza é uma multiplicidade de aspectos que com ele se relacionam. 
«Com o conceito de "fenómeno social", [Marcel Mauss] estabeleceu dois princípios. Qualquer facto, quer ocorra em sociedades arcaicas quer em modernas, é sempre complexo e pluridimensional; pode, pois, ser apreendido a partir de ângulos distintos, acentuando cada um destes apenas certar dimensões. Todo o comportamento remete para e só se torna compreensível dentro de uma totalidade, quer dizer: constelações compósitas de recursos, representações, acções e instituições sociais intervêm nas mais elementares relações entre pessoas». Este conceito retrata a realidade social como complexo e pluridimensional, o que significa que ao falarmos de pluridimensional falamos em geral, ou seja, ao falarmos de uma assunto que aconteceu, falamos em geral da razões de esse acontecimento. Por exemplo, se falamos das várias causas da morte, falamos do fenómeno da morte em geral.
Cada fenómeno social é simultaneamente histórico, económico, demográfico, psicológico, sociológico, etc. Por isso, um mesmo fenómeno social pode ser estudado por várias Ciências Sociais. Nenhuma delas consegue explicar o fenómeno na sua totalidade, por isso torna-se necessário proceder a estudos interdisciplinares.
                                                                                           Daniela Pacheco.



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Ciências Sociais e a Sociologia




Podemos dizer que as ciências sociais são o conjunto das ciências que têm por objeto os factos sociais, isto é, as relações do ser humano com a sociedade. São um ramo da ciência distinto das humanidades, que estuda os aspectos sociais do mundo humano, ou seja, a vida social de indivíduos e grupos humanos. Temos como exemplo disso, a Economia, a Psicologia, a Sociologia, a História, a Política, a Antropologia e a Demografia.

A sociologia é uma das ciências humanas que estuda a sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associaçõesgrupos e instituições. Enquanto o indivíduo na sua singularidade é estudado pela psicologia, a sociologia tem uma base teórico-metodológica, que serve para estudar os fenómenos sociais, tentando explicá-los, analisando os homens nas suas relações de interdependência. Compreender as diferentes sociedades e culturas é um dos objetivos da sociologia.

Em conclusão, podemos dizer que as ciências sociais desbruçam-se sobre a mesma realidade social ou fenómeno social, só que “olhos” diferentes.
Andreia Monteiro

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O Homem como produto/produtor de cultura




 Quando nascemos, não somos de imediato providos de cultura, é através do processo de socialização que nos tornamos seres culturais. Consoante o nosso crescimento vamos nos apercebendo das maneiras de actuar e pensar do grupo onde estamos inseridos, vamos também tornar-las como nossas. 
A cultura encontra-se espelhada naquilo que somos, ela não é hereditária, adquire-se em interacção com os outros, é por ela que nos inserimos numa organização social, é pela socialização e prática social que a cultura se adquire.

 No entanto dizemos também sermos produtores de cultura, porque nela participamos inseridos num grupo. Graças ao nosso contributo a cultura é uma realidade viva e em incessante evolução : cada geração recebe-a como um património que herda e simultaneamente trabalha-a acrescentando-lhe as suas contribuições, ao encontrar novas normas e valores, ao inventar novas formas de relacionamento ou de realização.
Letícia Alves

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Mas afinal o que é a cultura?



A cultura é muitas vezes definida através da referência à literatura, o cinema, a arte, etc, mas  a sua definição é muito mais abrangente, pois cultura é ou pode ser considerada como tudo o que o homem, através da sua racionalidade, a sua inteligência, consegue fazer. Desta forma todas as sociedades possuem uma cultura seja esta demasiado tradicional ou muito arcaica, pois todos os conhecimentos são aprendidos das gerações passadas para as gerações futuras, isto é, de geração a geração.

A cultura é uma capacidade de apenas o ser humano, o único capaz de desenvolver culturas "sociais", sendo assim, devido a este facto, o ser humano se conseguir destingir de todos os outros seres, sejam eles animais ou vegetais.

Apesar da grande evolução continua, a cultura é talvez um dos únicos factores que ainda hoje permanece intacta, sendo esta passada aos seus descendentes como sendo uma memória, lembrando-nos que esta é um elemento social impossível ou quase impossível de se desenvolver ao longo dos séculos.

                                                                                                                                Paulo Monteiro
                                                   

domingo, 27 de outubro de 2013

Tipos de Conhecimento


Numa cultura vamos adquirindo vários tipos de conhecimento, através de experiências do quotidiano que levam o homem a desenvolver habilidades. Quando não tem explicação para vários fenômenos, o homem atribuía-lhes causas sobrenaturais ou divinas, desenvolvendo um conhecimento abstrato a respeito daquilo que não podia ser explicado. Assim, o conhecimento foi dividido em vários tipos: senso comum, filosófico, científico, artístico e teológico.

Conhecimento do senso comum - também chamado de conhecimento popular ou empírico. É o que adquirimos no quotidiano, sem que precisemos de qualquer estudo. Adquirimos através de experiências e de erros.

Conhecimento filosófico-adquirimos a capacidade de raciocínio e de reflexão, sem delimitar com exatidão o objeto de estudo, o que torna-o infalível pois não pode ser verificado.

Conhecimento científico - procura a explicação exata de um objeto, com rigor da exatidão, que pode ser temporária, porém comprovada.


Conhecimento artístico - conjunto conhecimentos adquiridos durante a experiência e carreira do artista. Por meio de habilidades criativas e emocionais.

Conhecimento Teológico - relacionado com os fenómenos divinos ou (fé), onde a ciência não consegue encontrar resposta para estes fenómenos que atribuídos ao poder divino.

                                                                                                                                            Marco Abreu

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A Cultura e a Sociedade


O mundo em que hoje em dia vivemos já existe há milhares e milhares de anos, mas a verdadeira mudança surgiu quando o homem começou a ter a capacidade de pensar e agir, como nenhum outro ser vivo.

O Homem é um ser biológico, por isso possui necessidades fisiológicas, biológicas, sociais e culturais. Para além disso, tem instintos de sobrevivência, sexuais e até mesmo agressivos e é já de bebé que o ser humano vai aprendendo a controlá-los. É ao longo do seu crescimento que começa a sentir os impactos de tudo o que o rodeia, isto é, da sua família, dos seus amigos, da sua sociedade.

A sociedade é um conjunto de pessoas que vivem na mesma comunidade e é ela a maior causa de influência em todos nós e porquê? É a sociedade que nos muda, pois ao vivermos nela somos atacados por muitos estereótipos, demasiadas opiniões semelhantes (como por exemplo, uma mulher para ser considerada atraente é preciso ser magra) e muitas outras coisas que podem interferir na nossa felicidade e no nosso modo de viver.

A cultura, isto é, os conhecimentos de uma pessoa, também está muito interligada com a sociedade, pois muito do que nós sabemos vem do senso comum, do que toda a gente que vive à nossa volta também sabe. Além disso, ao entramos para a escola começamos a aprender coisas mais científicas aumentando o nosso conhecimento. Mas será que podemos dizer que um adulto que não frequentou a escola não tem cultura? Claramente que não, a cultura também é adquirida a partir de experiências de vida e às vezes é com essas experiências que sabemos o verdadeiro “aprender”.

Como já dito, tudo o que nos rodeia, influencia. Porém, somos nós próprios que temos que decidir o rumo da nossa vida e se queremos dar atenção ou não ao que os outros dizem ou fazem, por muito difícil que seja. Somos nós próprios que temos de querer saber mais e fazer mais por nós e pelo mundo.



                                                                                                                                      Bruna Marcela



segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A perspetiva sociológica


 
   
  Por trás de cada rua, cada edifício, cada casa, existe um mistério social. No nosso dia a dia estamos constantemente entre multidões, multidões estas que são constituídas por várias pessoas e nessas mesmas pessoas existe o tal mistério social. Podemos parar no meio dessa multidão e observar detalhadamente cada pessoa e apercebemo-nos que por trás daquela presença física existe uma vida, uma forma de pensar, uma relação com as pessoas, entre outros problemas sociais que afetam o nosso dia a dia.

  O que nos leva aos acontecimentos que vão entrando nas nossas vidas através de redes sociais, televisão, filmes... Desde sempre existem situações que causam um certo furor na sociedade. Como por exemplo, o massacre do instituto Columbine. Dois alunos invadem a sua própria escola armados. De uma forma geral, a reação da sociedade a este tipo de acontecimentos não é de todo a melhor. Vários julgamentos por parte da sociedade surgem, e com razão, mas a verdade é que ninguém sabe o que existe por trás destes dois seres humanos. Ninguém nasce psicopata ou assassino... Tem de haver qualquer tipo de relacionamento com o seu crescimento ao longo dos anos. Por vezes, usufruem de boas condições de vida e uma boa educação, mas a verdade é que as pessoas não fazem as coisas porque simplesmente se lembram, tem de haver algo mais que justifique tais comportamentos. A meu ver, podemos justificar estes comportamentos através, por exemplo, da rejeição a que foram sujeitos por parte da sociedade, ao ambiente em que nasceram, à educação dada pelos pais, entre outros... Pois há sempre uma história por trás de cada ser humano!
Ana Rita Guimarães

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Bowling for Columbine


 

“Violência é um comportamento que causa intencionalmente dano ou intimidação moral a outra pessoa ou ser vivo.” Cada vez mais esta palavra com um significado tão pequeno corre a sociedade de boca em boca. Os media dão-nos em tempo real, e a toda a hora, ocorrência de casos de violência, de Norte a Sul do mundo. A violência torna-se uma banalidade, e cada vez mais o mundo é atacado com actos de tamanha crueldade.Na atualidade, em todos os cantos do mundo,este ato de maltrato se torna comum. Um exemplo perfeito que retrata a atual situação do mundo, é o documentário ” Bowling for Columbine”.Situação essa que se degrada dia após dia.

Uma das coisas que este filme demonstra é que, em alguns paises a violência torna-se vulgarizada  e até existem incentivos à mesma, por exemplo neste documentário podemos ver que quem criasse uma conta no banco em troca receberia uma arma. Aqui está a prova que os meios para usar a violência estão cada vez mais acessíveis.

Bowling for Columbine” é um filme/documentário realizado por Michael Moore. Ganhou um óscar de melhor filme/documentário e tem sido alvo de milhares de visualizações em todo o mundo.
 
                                                                                                                                 Filipe Pacheco

segunda-feira, 14 de outubro de 2013




O filme “ Natural Born Killers” retrata a vida de um casal de assassinos ( Mickey and Mallory) vitimas de violência domestica enquanto crianças, a razão pela qual eles serem assassinos e amarem violência. Devido ao que eles passaram e por terem morto muitas pessoas e nunca terem sido apanhados começaram a ser famosos e idolatrados, ou seja, o filme mostra a influencia q os media têm nos comportamentos do Homem.
Na minha opinião os assassinos foram desde muito novos vitimas de assedio sexual e de violência que fez com que eles ficassem revoltados e se tornassem frios e violentos. Penso que por muito mal que eles tenham feito não foram eles que tiveram culpa, mas sim os pais que não souberam dar a devida educação.


                                                                                                                                             Beatriz Costa 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O que é a sociologia?

A Sociologia é uma forma de conhecimento científica. A Sociologia é o estudo da vida social humana, grupos e sociedades em que o tema de estudo é o nosso próprio comportamento enquanto seres sociais. O senso comum resulta do esforço constante em tentar compreender e interpretar a realidade do dia a dia.

As desigualdades sociais, classe social, nível de rendimentos, pobreza são alguns dos problemas de elevada importância nas sociedades contemporâneas.

Abraham Maslow, é um psicólogo de grande destaque devido ao seu estudo relacionado com as necessidades humanas. O Homem tem necessidades que se diferem em graus de importância. Segundo a pirâmide de Maslow, as necessidades fisiológicas (a base das necessidades) representam as necessidades relacionadas com a alimentação, sono, abrigo, sexo e outros. As necessidades de segurança estão associadas com a proteção e também estabilidade. As necessidades sociais estão ligadas a socialização respeito dos outros. As necessidades de estima que ocorrem em seguida às necessidades sociais são necessidades de autoconfiança, reconhecimento.Finalmente as necessidades de autorrealização são a moralidade, criatividade. 

Catarina Faria