sexta-feira, 6 de junho de 2014

Categorias sociais vulneráveis à pobreza em Portugal

                                        


  Através da análise da realidade portuguesa, é possível identificar algumas categorias sociais que vivem em situação de pobreza ou de maior vulnerabilidade à pobreza. No entanto, existem diferenças entre elas no que diz respeito ao tipo de vulnerabilidade e à durabilidade das situações de pobreza.

  • Os idosos pensionistas constituem ma categoria extremamente vulnerável à pobreza pois têm um rendimento inferior ao salário mínimo e têm necessidade de assistência médica e de medicamentos caros.
  • Os agricultores com baixos rendimentos, são pequenos proprietários e vivem em situação de pobreza duradoura, são também incapazes de competir no mercado e produzem apenas para subsistir, têm altas taxas de analfabetismo e falta de formação escolar e profissional.
  • Os assalariados com baixos rendimentos, têm estrutura etária jovem e feminizada, com baixas qualificações escolares e profissionais, maior parte são operários não especializados, empregados de comércio desqualificados, assalariados de serviços pessoais e domésticos. A situação vai agravando-se com a idade e poderão vir a integrar os idosos pensionistas.
  • Os trabalhadores precários e da economia informal, têm na maioria das vezes contratos a prazo o que amplia a exposição ao desemprego. Na economia informal encontram-se os trabalhadores por conta de outrem não declarados, os trabalhadores por conta própria, os trabalhadores familiares não remunerados e os trabalhadores com dupla atividade. O rendimento é indeterminado e sem continuidade assegurada.
  • Nas minorias étnicas, como os africanos das ex-colónias portuguesas, os imigrantes de Leste e os ciganos estão muito vulneráveis à pobreza pois, muitos estão cá clandestinamente, o que se torna num facto de vulnerabilidade.
  • A categoria mais díspar, é a categoria dos desempregados, o subsidio de desemprego é baixo, tem um período limitado e nem todos o conseguem receber. 
  • Os jovens com baixas qualificações à procura do primeiro emprego, têm fracas possibilidades de competir no mercado de trabalho e a situação pode agravar-se se a família tiver igualmente fracos recursos.
                                                                                                                                Letícia Alves 



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