Representações sociais

  

Representação social é uma avaliação que o ser humano tem sobre uma dada realidade, processo ou situação. As representações orientam o nosso comportamento. 

Se formos pelo o exemplo da beleza física, como é hoje em dia, vemos que está associada a valores como a saúde, a boa forma física, a juventude, a magreza e a um conjunto de caraterísticas físicas objetivas associadas ao termo beleza física. Somos de facto, bombardeados, diariamente de que esta é a representação de beleza física, pelos meios de comunicação social (televisão, revistas, cinema, entre outros...), mas não só, também por outros meios socializadores, como grupos que procuram convencer-nos que ser magro é ser bonito, ser alto é ser bonito.

Por consequente, essa representação é responsável por sentimentos de baixa auto-estima por parte de quem não corresponde a estas caraterísticas, causa também distúrbios alimentares gravíssimos, como anorexia e a bulimia. As pessoas consideradas "feias", são facilmente rejeitadas pelo resto da sociedade seja socialmente, seja profissionalmente. 

Com isto, a procura de manter, a partir de uma certa idade, uma aparência jovem e saudável: cosméticos, cirurgia estética, ginásio, alimentação saudável, entre outros recursos é maior. 

Daniela Pacheco.

Socialização

Designa-se por socialização o processo através do qual os indivíduos interiorizam e aprendem as normas e os valores de uma determinada sociedade e cultura. Esta interiorização e aprendizagem permite-lhes obter as capacidades necessárias para desempenharem o seu papel na sociedade.

Por outras palavras, a socialização pode ser entendida como uma aprendizagem social constante, pelo qual aprendemos a língua, as normas sociais, a crer em determinadas coisas ou seres, a termos determinados tipos de sentimentos… E é assim, por meio desse processo que adquirimos cultura e nos diferenciamos dos animais. 

Através da socialização o indivíduo pode também desenvolver a sua personalidade e ser admitido na sociedade. A socialização é, portanto, um processo fundamental para a integração do indivíduo na sua sociedade.

Existem ainda assim dois tipos de socialização: a primária, que é o processo durante o qual a criança adquire as primeiras capacidades sociais e intelectuais, e a secundária, que é aquela que ocorre quando certas instituições específicas (como a escola ou o exército) conferem competências específicas.

Andreia Monteiro

" A Clockwork Orange "

Laranja Mecânica é uma fábula de ficção científica social produzido em 1971, uma tradução audaciosa do romance distópico  de Anthony Burguess.

 Este filme retrata um mundo futurista, onde um gang aterroriza a sociedade, com vandalismo, brigas, estupro e outros crimes.
Alex tem como prazeres essenciais a pornografia e as melodias de Beethoven, o seu gang é caraterizado com macacões brancos e cuecas estilizadas e usando chapéus pretos, desenvolviam acessos frenéticos provocados por uma droga denominada de moloko, com a finalidade de praticarem a ultraviolência. As suas formas de se divertirem consistiam sempre com a tragédia dos outros. Alex representa a laranja (somos experimentos e cobaias da vida e da circunstância) mecânica (para demonstrar as nossas alterações de humor, nossos artificialismos e ações programadas como robôs).
O título original londrino Orange, que além de laranja passa a designar também "homem". Isto se dá por um trocadilho feito com a semelhança fonética de orange com orangutan (orangotango, primata altamente desenvolvido, "parente" do homem). Ou seja, temos aí "Homem Mecânico", que é o que Alex se torna após o condicionamento, um ser programado, sem poder de escolha.

Catarina Faria

Agentes da socialização

Todos os grupos a que pertencemos são agentes da socialização. No entanto, existem alguns agentes socializadores especialmente importantes, pelo grande impacto que têm sobre a nossa vida. Estes agentes são:
A família que nos últimos séculos tem um papel determinante nos primeiros anos de vida. Este agente é o responsável pela socialização primária, ou seja, a família transmite traços, valores e modelos de comportamento. Resumindo é na família que se aprende as regras básicas da boa educação, a falar e a exprimirmo-nos.

A escola permite à criança entrar num meio social novo que vai ter sobre a mesma uma influência fundamental. Tem várias funções, além de proporcionar à criança instrumentos de trabalho, métodos de reflexão e conhecimentos que lhe vão ser úteis durante toda a vida, impõe-lhe novas regras e uma disciplina que a liberta parcialmente do meio e completa a sua formação, aprendendo a conhecer os outros e o meio que a rodeia.

Os meios de comunicação social que de uma maneira geral fazem parte do nosso quotidiano e que nos influenciam bastante mesmo sem nos apercebermos disso.
Os media dão acesso a conhecimentos que muitas das nossas atividades sociais estão dependentes, ou seja, são veículos de informação de valores que de forma consciente e inconsciente moldam a nossa forma de pensar, agir e sentir por isso se tornando um dos mais importantes agentes socializadores.

Miguel Maia

Multiculturalismo

Um assunto já abordado e bastante conhecido é o multiculturalismo que se manifesta em bastantes locais do nosso mundo. Porém, é necessário saber bem do que se trata esse fenómeno: para simplificar, utiliza-se esse termo na existência de várias culturas numa região, cidade ou país.

Uma das cidades mais conhecidas com uma grande intensidade de culturas é a famosa cidade de Nova Iorque, um grande símbolo do multiculturalismo. Países como o Canadá e Austrália também são exemplo disso.

Claramente para um fenómeno destes acontecer tem que haver desvantagens que muitas vezes se dão entre os habitantes de uma cultura para com a outra, como por exemplo, uns começam a desprezar e a excluir outros apenas por serem "diferentes".

Ao contrário do multiculturalismo existe o monoculturalismo vigente na maioria dos países. E do que se trata o monoculturalismo? Uma região, cidade ou país em que rege apenas uma cultura ou uma cultura dominante, onde a maior parte dos cidadão partilham a mesma língua e os mesmos costumes, como por exemplo a França.

Na minha opinião, penso que o multiculturalismo se devia manifestar em todos os países porque todos nós devíamos aceitar as outras culturas e valoriza-las. Neste mundo ainda há muita gente ignorante e racista que não sabe aceitar as diferenças dos outros e isso devia efetivamente mudar, deveríamos todos viver em harmonia uns com os outros, com as nossas parecenças e as nossas diferenças.

Bruna Marcela

Socialização: Um processo de aprendizagem

Tornamo-nos parte da cultura de uma determinada sociedade por meio de um processo chamado socialização.

Quando um ser-humano nasce é apenas um corpo biológico com instintos que permitam a sobrevivência, como chorar quando sente fome ou sede, frio ou calor, dor, sugar o leite materno e realizar as necessidades fisiológicas. Nesta altura o ser humano é totalmente dependente de outros mais experientes e com as suas capacidades devidamente desenvolvidas, para que estes instintos do recém-nascido sejam atendidos no momento. O ser-humano vai ser então, submetido a processo de aprendizagem e de integração social, de forma a interagir com um mundo que já existia antes de si e os instintos e as necessidades que eram primeiramente tão necessários vão sendo moldados em função das exigências da cultura da sociedade em que vive.

Vão-lhe sendo apresentados um conjunto de comportamentos que deve ser tomado, de modo a ajustar-se aos padrões da cultura predominante.

O principal foco do processo de socialização está na interiorização da cultura da sociedade. Por outras palavras: é através da socialização que o mundo social (como os seus significados, hábitos, regras, normas e valores) entra na mente do individuo.

Como exemplo actual temos as praxes académicas que se dizem como sendo um processo de recepção e integração dos novos alunos (“caloiros”) nas instituições de ensino superior em que ingressão.

Porém, este dito processo de recepção e integração tem sido alvo de enumeras críticas, contestações e enormes polémicas devido aos vários acidentes que originaram vários danos físicos e psicológicos e em alguns casos conduziu à morte daqueles que se sujeitam e se submetem às praxes.

Bruno Vaz

O Novo Mundo

“O Novo Mundo” é o nome do filme de Terrence Malick, no qual é fácil de perceber as diferenças entre as culturas, modos de vida e como era a vida no princípio do século XVII. 

Nesse século a América do Norte permanecia, em grande parte, a mesma dos cinco mil anos anteriores, isto é, uma área de mata primitiva, que parecia interminável, povoada por uma intrincada rede de culturas tribais. Apesar dessas nações viverem em total harmonia com o meio ambiente, as suas relações umas com as outras eram menos pacíficas. Tudo que seria preciso para desfazer o equilíbrio entre si, era uma invasão externa.

Em 1607, três diminutas naus carregando 103 homens embarcam para esse mundo a partir de sua terra inimaginavelmente distante. A Companhia da Virgínia, que obteve a concessão real, buscam estabelecer raízes culturais, religiosas e económicas na costa do que consideram o Novo Mundo. O navio principal chama-se Susan Constant. Acorrentado abaixo do convés está um homem de 27 anos chamado Smith, condenado à forca por insubordinação. Um veterano de inúmeras guerras europeias, Smith é um soldado em busca de fortuna, embora a fortuna muitas vezes lhe tenha virado as costas.Apesar disso, ele é talentoso e popular demais para ser pendurado pelo pescoço pelo seu próprio povo, e por isso ele é libertado pelo capitão Christopher logo após a ancoragem do navio. O capitão Newport e os colonos logo se apercebem que sobreviver nessa mata desconhecida irá exigir os serviços de todos os homens de bom porte físico, que é, particularmente, uma das qualidades de Smith.

Embora não tenham percebido isso na época, Newport e seu grupo de colonos britânicos desembarcaram no meio de um império indígena, governado pelo poderoso chefe Powhatan Para os colonos, esse pode ser um novo mundo. Mas para Powhatan e seu povo, trata-se de um mundo antigo , e o único que eles já conheceram.

Os ingleses, estrangeiros numa terra estranha, lutam desde o princípio, incapazes de se virar sozinhos, ou, em alguns casos, teimosamente indispostos a fazê-lo. Smith, quando vai pedir o auxílio dos homens locais da tribo, encontra uma jovem que a princípio parece mais um ‘animal’ do que um ser humano. Uma jovem voluntariosa e impulsiva chamada pela família e pelos amigos carinhosamente de "Pocahontas"  ou  "divertida",  é de entre todos,  a filha preferida de Powhatan.

Em pouco tempo, uma ligação se forma entre Smith e Pocahontas, é algo tão forte que transcende a amizade. Devido às guerras entre os dois povos, este amor terá obstáculos a ultrapassar que terão de enfrentar todas as barreiras impostas entre culturas e formas de vida. 

     Rute Dias